Postado em 25/11/2019
Sim,
a incontinência urinária pode atingir
pessoas de todas as idades, mas é mais comum em mulheres mais velhas. Na
verdade, conforme os anos vão passando elas
vão tendo maior perda urinária.
As pessoas jovens podem apresentar
infecção urinária em decorrência de doenças clínicas, como diabetes, tosse
crônica (doença pulmonar obstrutiva crônica), obesidade, síndrome metabólica,
doenças neurológicas que afetam a continência urinária, infecção urinária de
repetição, doenças ginecológicas, mudanças hormonais, gravidez com parto
malconduzido etc. Por vezes, mais de um
diagnóstico pode ser observado no mesmo paciente.
Outras causas estão relacionadas a
própria genética (vários familiares acometidos), causando perda mais
acentuada das fibras musculares do esfíncter com o envelhecimento e a própria
fraqueza das estruturas musculares e ligamentares da pelve feminina. Estas
alterações geralmente são acentuadas com
o início da menopausa.
Ou seja, nas pacientes mais jovens as estruturas de sustentação pélvica
(músculo e ligamentos) geralmente estão integras e somente por fatores
predisponentes de lesão o aparelho urinário é que vão apresentar incontinência urinária.
Cabe ao médico definir qual a causa da
incontinência urinária de cada paciente. Hoje em dia são caracterizadas
três formas clínicas de incontinência urinária (IU):
- IU aos esforços: que ocorre aos esforços físicos leves até intensos, a IU por
bexiga hiperativa definida como a urgência acompanhada ou não da
urge-incontinência, geralmente associada a vontade de urinar constantemente
durante o dia e a noite, sem infecção do trato urinário ou outras patologias
associadas.
- Bexiga hiperativa causa um repentino desejo miccional, que é difícil de ser
controlado. Pode ser observada em até 17% dos pacientes e afeta até 21% das
mulheres com mais de 70 anos.
- IU mista: com aspectos clínicos de ambas.
A incontinência urinária afeta a
qualidade de vida das pessoas de forma definitiva, nos aspectos sociais,
psicológicos, sexuais, imagem física e seu bem-estar, e, portanto, deve ser
tratada assim que feito seu diagnóstico.
Da mesma forma, a incidência do prolapso dos órgãos pélvicos (cistocele:
prolapso da parede anterior da vagina, retocele: prolapso da parede posterior
da vagina, prolapso uterino: queda e exteriorização do útero através da vagina;
e enterocele: herniação do intestino pelo períneo e tipos mistos) pode ou não estar associado a infecção
urinária e vai aumentando com a idade, tendo risco de 11% aos 80 anos.
O ASSIM
SAÚDE aconselha que você procure
um médico caso tenha qualquer um desses sintomas.